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#07 - Jornal da Semana
✨ Saudações, leitor! Bem-vindo a mais uma edição do Med Jornal P12.Hoje, te convidamos a explorar as novas formas de cuidar — onde tecnologia e empatia caminham lado a lado.A medicina do futuro pulsa aqui: ética, inovação e sensibilidade tecem a jornada de quem escolhe transformar vidas.Respire fundo... e venha com a mente aberta: temos descobertas que podem mudar o seu olhar.
Tema central da semana: "Entre avanços científicos, empatia e novas formas de cuidar."
"Nem toda inovação é feita de máquinas. Algumas, nascem da empatia. Esta edição explora desde fronteiras tecnológicas da medicina até questões humanas que nos pedem sensibilidade. Prepare-se para pensar, aprender e refletir."
DICA DE ESTUDO DA SEMANA
Estude como um médico, não como um vestibulando.
Use o método Cornell para resumos rápidos após cada aula.
Combine flashcards (Anki) com mapas mentais visuais (ex: Miro ou Notion) para integrar raciocínio clínico.
Priorize revisões espaçadas em vez de releitura passiva.
#01 – BEBÊ REBORN | O afeto que nasce do vazio social
Bebês Reborn são bonecos feitos de materiais sintéticos, criados para serem o mais próximo possível de um bebê real. Podem ter peso, características e cheiros que imitam os de um recém-nascido. Todavia, para muitas pessoas, os bebês Reborn não são apenas brinquedos, pois criam vínculos de afeto exacerbados com esses bonecos, relacionados a um vazio emocional ou social crescente em nossa sociedade contemporânea.
🔍 Substituição do Humano: A Boneca no Lugar da Relação Real
Embora concebidos originalmente como peças artísticas e, em alguns contextos, empregados com fins terapêuticos legítimos, esses objetos inanimados têm sido incorporados a dinâmicas afetivas complexas, associadas a situações de luto, perdas relacionais, carências emocionais severas ou isolamento social. Em alguns casos, a intensificação desse vínculo pode representar mais do que uma expressão inofensiva de afeto: pode configurar indício de sofrimento psíquico relevante, com risco de agravamento para quadros de depressão, dissociação, retraimento social e até ideação suicida.
Por essa razão e com essa justificativa, foi criado o Projeto de Lei nº 2323/2025, no dia 15 de maio de 2025, que dispõe sobre diretrizes para acolhimento psicossocial de pessoas que desenvolvam vínculos afetivos intensos com objetos de representação humana, denominado “bebê reborn” no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Além disso, após cidadãos levarem bebês Reborn para receberem atendimento médico em unidades de saúde, nas últimas semanas, também foi criado Projeto de Lei nº 2326/2025, no dia 15 de maio de 2025, o qual proíbe o atendimento a bonecos hiper-realistas em unidades de saúde públicas e privadas em todo o território nacional.

A justificação foi que esses objetos utilizados como instrumento afetivo por pessoas que vivenciam luto, traumas ou transtornos psíquicos – ainda que tais condições mereçam cuidado – a prática indiscriminada de simular atendimentos médicos a objetos inanimados configura desvio inaceitável dos serviços de saúde, especialmente quando realizados com recursos públicos ou em detrimento da atenção a pacientes reais.
🧩 REFLEXÃO FINAL: ESTAMOS CURANDO — OU NOS ESCONDENDO?
Portanto, enquanto aguardamos as tramitações dos respectivos Projetos de Lei, na Câmara dos Deputados, refletimos sobre o afeto que nasce do vazio social: em meio a carências emocionais profundas e à desconexão humana, as pessoas buscam formas de preencher lacunas afetivas – mesmo que com relações artificiais. Os bebês Reborn, nesse contexto, se tornam um espelho sensível de dores contemporâneas.
Texto escrito por Isabela Mendes Chater
#02 - Medicina Personalizada com CRISPR: O Caso Revolucionário do Bebê que Recebeu Terapia Genética Sob Medida

Um bebê norte-americano de dez meses se tornou o primeiro paciente no mundo a receber uma terapia genética personalizada com CRISPR, tecnologia inovadora que permite editar o DNA. O tratamento, desenvolvido exclusivamente para corrigir sua mutação genética rara e grave, representa um avanço significativo na medicina de precisão.
KJ Muldoon nasceu com uma deficiência na enzima carbamoil-fosfato sintetase 1 (CPS1), essencial para o ciclo da ureia. Sem essa enzima, seu organismo acumulava amônia no sangue, uma substância tóxica para o cérebro. Sem opções convencionais de tratamento imediato, médicos do Hospital Infantil da Filadélfia propuseram uma alternativa inovadora: utilizar uma variação mais precisa do CRISPR, conhecida como edição de base, que corrige mutações sem cortar o DNA.
Após três aplicações da terapia, KJ apresentou melhoras significativas. Sua dieta foi ajustada para incluir mais proteínas sem risco de intoxicação, e sua dependência de medicamentos foi gradualmente reduzida. O tratamento foi testado previamente em laboratório, camundongos e primatas antes da aplicação clínica, recebendo autorização acelerada da FDA.
Apesar do sucesso, a terapia foi criada exclusivamente para o DNA de KJ e não pode ser replicada diretamente para outros pacientes. No entanto, seu caso abre novas perspectivas para a medicina genética. Poderão ferramentas como CRISPR e edição de base viabilizar tratamentos individualizados para outras doenças ultrarraras? Como garantir que essas abordagens avancem de forma segura e acessível?
O avanço reforça a importância de debater os desafios éticos e científicos dessa tecnologia. Até que ponto a edição genética pode ser usada para modificar outras condições hereditárias? Como equilibrar inovação, segurança e acessibilidade? As respostas a essas questões definirão o futuro da medicina personalizada.
Texto escrito por Lumma David G. Souza
#03 - Os Efeitos da Tecnologia na Saúde Mental e Atenção dos Jovens: Desafios para o futuro

Jonathan Haidt, psicólogo social e autor do livro A Geração Ansiosa, alerta sobre os impactos da tecnologia na saúde mental e na capacidade de concentração dos jovens, destacando preocupações que podem afetar seu desempenho no mercado de trabalho futuro. Em entrevista à CNN Brasil, ele enfatizou a necessidade de desenvolver habilidades de atenção para enfrentar um cenário cada vez mais tecnológico e competitivo.
Haidt apontou que o uso excessivo de redes sociais e plataformas digitais tem contribuído para o aumento dos índices de ansiedade e depressão entre jovens, interferindo na sua capacidade de foco e no hábito da leitura, elementos essenciais para o desenvolvimento cognitivo e social. A perda da atenção prolongada pode comprometer significativamente sua formação e adaptação a desafios profissionais.
O especialista também destacou os impactos da inteligência artificial no mercado de trabalho, prevendo um aumento da desigualdade devido à automatização de diversos setores. Para ele, garantir uma infância digital saudável, protegendo os jovens dos riscos da tecnologia, é fundamental para sua preparação profissional e pessoal.
Além disso, Haidt citou dados que indicam uma queda no desempenho em testes cognitivos desde 2012, tanto em crianças quanto em adultos. Essa tendência evidencia um cenário preocupante, no qual o desenvolvimento humano parece estar desacelerando enquanto as máquinas avançam rapidamente.
Diante desse contexto, ele reforça a necessidade urgente de desenvolver estratégias que protejam a saúde mental dos jovens e promovam o fortalecimento da atenção e do foco, garantindo que as futuras gerações estejam preparadas para lidar com os desafios do mundo digital em constante transformação.
Sugestões de livros:
´´ Ansiedade: Como enfrentar o mal do século´´ - Augusto Cury
´´ A Geração Ansiosa´´ - Jonathan Haidt
Texto escrito por Lumma David G. Souza
#04 - A Composição Corporal Como Meta Terapêutica: repensando a abordagem nutricional da obesidade

Durante décadas, o tratamento da obesidade foi pautado quase exclusivamente pelo número que aparece na balança. O foco estava no peso absoluto — e, por extensão, no IMC — como se a complexidade metabólica do organismo humano pudesse ser traduzida em uma fração simples entre quilos e metros ao quadrado. No entanto, uma revisão narrativa publicada em maio de 2025 na Current Obesity Reports propõe uma mudança importante de paradigma: é a composição corporal, e não apenas o peso, que deve guiar as decisões terapêuticas em pessoas com obesidade.
O estudo, conduzido por Galasso e colaboradores, explora o impacto de diferentes estratégias nutricionais sobre três componentes fundamentais: massa gorda (FM), massa livre de gordura (FFM) e gordura visceral (VAT). A conclusão é clara: nem toda perda de peso é igual. A eficácia real de uma intervenção nutricional está em sua capacidade de reduzir gordura visceral e preservar massa magra, elementos diretamente associados ao risco cardiovascular, à resistência insulínica e à qualidade funcional do paciente.
Entre as abordagens analisadas, as dietas ricas em proteínas e as dietas cetogênicas demonstraram resultados consistentes na preservação da FFM e na redução expressiva da VAT. Embora questionadas por muitos quanto à sustentabilidade, tais dietas oferecem uma vantagem metabólica que vai além do emagrecimento estético: elas promovem uma reconfiguração favorável da composição corporal, algo especialmente relevante em pacientes com sarcopenia oculta ou risco de fragilidade.
A dieta mediterrânea, por sua vez, aparece como a mais aderente a longo prazo, com impactos positivos sobre o perfil metabólico e inflamatório — embora seus efeitos sobre a FFM sejam mais discretos. Já os protocolos de jejum intermitente e alimentação com restrição de tempo (time-restricted eating) mostram eficácia na perda de FM, mas com resultados ambíguos em relação à preservação de massa magra, o que exige maior atenção clínica, sobretudo em populações mais vulneráveis.
O estudo também reforça uma crítica antiga, mas ainda pertinente: o IMC é uma métrica insuficiente para decisões clínicas. Ele falha em distinguir entre tecido adiposo e muscular, mascarando quadros como a obesidade sarcopênica — cada vez mais prevalente e subdiagnosticada. Ferramentas como a DXA e a bioimpedância elétrica são apresentadas como métodos mais apropriados para avaliar a resposta terapêutica em programas de emagrecimento e reeducação alimentar. Em outras palavras, a balança, sozinha, pode ser enganosa.
No campo da prática clínica, essa mudança de perspectiva tem implicações diretas. O sucesso de um plano alimentar não pode ser julgado apenas pela redução de quilos em um gráfico. É preciso considerar o tipo de tecido que está sendo perdido e o que está sendo preservado. A massa magra — tão negligenciada em protocolos convencionais — é um preditor robusto de longevidade, funcionalidade e qualidade de vida. A perda de FM sem comprometimento da FFM deveria ser, portanto, o novo padrão de ouro nos programas terapêuticos contra a obesidade.
Essa abordagem integrada, que valoriza a qualidade da perda de peso, dialoga com uma visão mais ética, precisa e personalizada da medicina. Em um país como o Brasil, onde a obesidade avança silenciosamente e os discursos midiáticos ainda se concentram em resultados rápidos, falar em composição corporal é mais do que uma questão técnica: é um gesto de responsabilidade profissional.
Texto escrito por Pedro Henrique M. Braga
#05 - Diabetes Mellitus como Fator de Risco para Delirium: Novas Evidências e Implicações Clínicas
O diabetes mellitus, por si só, já representa uma das comorbidades mais impactantes na prática clínica, especialmente quando se considera sua repercussão sistêmica em diferentes órgãos e funções do corpo humano. No entanto, um aspecto frequentemente negligenciado — ainda que de relevância crescente — é sua associação com o delirium, uma condição aguda de disfunção cerebral que afeta majoritariamente pacientes hospitalizados, especialmente os idosos. Um estudo recente, publicado no Cardiovascular Diabetology, investigou sistematicamente essa correlação, trazendo dados robustos que merecem atenção.
A revisão sistemática e meta-análise analisou 42 estudos que abordavam diretamente a relação entre diabetes mellitus e o aparecimento de delirium, totalizando mais de 4 milhões de indivíduos. O principal achado foi alarmante: pacientes diabéticos apresentaram um risco 78% maior de desenvolver delirium em comparação com não diabéticos. Essa diferença significativa, representada por um odds ratio de 1,78 com intervalo de confiança de 95% entre 1,59 e 1,99, reforça a hipótese de que o diabetes exerce uma influência direta no risco de comprometimento cognitivo agudo.
Outro dado preocupante foi a própria incidência de delirium nos indivíduos com diabetes: 29%, uma taxa elevada que pode ser subestimada no cotidiano clínico, dada a baixa taxa de reconhecimento dessa condição em muitos serviços. Essa porcentagem elevada também levanta questionamentos sobre a condução e a vigilância de pacientes diabéticos em ambientes hospitalares, sobretudo em unidades de terapia intensiva, centros cirúrgicos e enfermarias geriátricas.
O estudo vai além da simples descrição da associação entre DM e delirium e explora o papel dos medicamentos antidiabéticos nesse contexto. Um dos destaques foi a metformina, cujo uso crônico demonstrou estar associado a uma redução de 29% no risco de delirium. Esse achado abre espaço para novas investigações sobre o possível efeito neuroprotetor do fármaco, já sugerido em pesquisas anteriores, possivelmente mediado por mecanismos anti-inflamatórios e de redução do estresse oxidativo. A metformina, amplamente utilizada como droga de primeira linha no tratamento do diabetes tipo 2, pode, portanto, ter um benefício adicional na preservação da integridade cognitiva, especialmente em populações vulneráveis.
Além disso, a análise revelou um dado surpreendente relacionado ao uso de insulina intranasal. Essa via de administração, utilizada em alguns estudos de forma experimental antes de procedimentos cirúrgicos, demonstrou uma redução ainda mais expressiva no risco de delirium, com um risco relativo de 0,34. A explicação plausível é que a insulina, ao ser administrada diretamente pela via nasal, atinge o sistema nervoso central mais rapidamente, influenciando positivamente a homeostase cerebral sem os riscos da hipoglicemia periférica. Embora ainda incipiente, essa linha terapêutica sugere um caminho promissor na prevenção do delirium em contextos cirúrgicos e críticos.
Diante desses achados, torna-se imperativo repensar o manejo clínico do paciente diabético. O controle glicêmico, embora crucial, não deve ser visto apenas como uma medida voltada à prevenção de complicações micro e macrovasculares, mas também como estratégia de preservação da função cerebral. Os dados sugerem que o cérebro diabético é mais vulnerável a insultos agudos, como os que ocorrem durante infecções, cirurgias ou hospitalizações prolongadas — todos conhecidos gatilhos para o delirium. Assim, a identificação precoce dos pacientes de risco e a adoção de medidas preventivas, farmacológicas ou não farmacológicas, tornam-se ainda mais relevantes.
Para médicos e estudantes de medicina, a mensagem que emerge deste estudo é clara: o diabetes não é apenas uma doença metabólica. É uma condição que, ao afetar múltiplos sistemas, aumenta significativamente a suscetibilidade do paciente a complicações cognitivas agudas. O delirium, muitas vezes banalizado ou tratado como um evento transitório, pode ser o primeiro sinal de uma descompensação mais ampla e merece atenção sistemática. A introdução de práticas de rastreamento rotineiras, o uso criterioso da metformina e a investigação de novas vias terapêuticas, como a insulina intranasal, podem transformar a abordagem atual do cuidado ao paciente diabético.
Mais do que apenas estatísticas, esses achados nos colocam diante de uma pergunta essencial: estamos realmente preparados para reconhecer e prevenir o delirium nos nossos pacientes diabéticos? Ou ainda estamos presos a uma visão fragmentada do cuidado, onde tratamos a glicemia, mas negligenciamos o cérebro? Essa reflexão deve permear não só a atuação individual, mas também os protocolos hospitalares e as políticas públicas de saúde, pois o custo do não reconhecimento do delirium — em tempo, prognóstico e qualidade de vida — é, sem dúvida, alto demais.
Texto escrito por Pedro Henrique M. Braga
#06 - Você só será curado quando esquecer de si mesmo

Recentemente estava assistindo um vídeo no qual um rapaz soltou uma frase avulsa que me fez ficar a semana inteira pensando nela. A frase era: “você só será curado quando esquecer de si mesmo”. Refletindo bastante percebi que há um sofrimento que nasce do excesso de atenção voltada para dentro. É como se a consciência, em vez de ser uma luz que ilumina o caminho adiante, fosse transformada num espelho côncavo, que distorce tudo e o faz girar em torno de si mesmo. O sujeito que vive nesse estado de constante auto-observação, preocupado com cada sentimento, cada dor, cada ofensa, cada angústia que pulsa dentro do peito — esse sujeito está doente. Não clinicamente, talvez, mas espiritualmente. E a cura não virá através de mais introspecção. Não se sai do buraco cavando mais fundo nele.
A frase — “você só será curado quando esquecer de si mesmo” — é um chamado para a transcendência. E não no sentido místico ou esotérico, mas no sentido prático, visceral, humano. O indivíduo que vive para si mesmo, para seus desejos, seus medos, suas sensações internas, está preso numa cela de vidro que ele mesmo construiu. E quanto mais tenta resolver o sofrimento focando no sofrimento, mais o alimenta. É um ciclo vicioso: quanto mais você se observa, mais você vê dor; quanto mais vê dor, mais se convence de que há algo de errado com você; e então, mais você se volta para dentro, na esperança de consertar o que, talvez, nem seja defeito — apenas um exagero da própria consciência.
Mas há uma saída — e ela começa no outro. A compaixão verdadeira, aquela que exige sacrifício e presença, não permite que você permaneça centrado em si. Quando você olha nos olhos de alguém que está sofrendo, e percebe que a dor dele não é um enfeite dramático como a sua, mas uma ferida real e objetiva, algo se desloca dentro de você. E esse deslocamento — essa quebra da tirania do ego — é o início da cura.
A responsabilidade é o antídoto. Não o tipo de responsabilidade que veste a máscara da autopunição ou da culpa neurótica, mas a que diz: há algo que precisa ser feito, e sou eu quem precisa fazer. Cuidar de alguém. Ouvir alguém. Estar presente. Fazer o bem mesmo quando você está despedaçado. Isso não é fingimento. Isso é disciplina. E mais: é redenção. Porque, quando você age assim, você se esquece — não no sentido de negação, mas de superação. Você não é mais o centro. E, curiosamente, é nesse “esquecimento” de si que a sua dor começa a se dissolver. Porque ela perde o trono. E o trono passa a ser ocupado por algo maior: o amor, o serviço, a responsabilidade voluntária.
É claro que há momentos de recolhimento e de olhar para dentro. Ninguém está dizendo que introspecção é um erro absoluto. Mas quando ela se torna a regra, e não a exceção, ela adoece. Assim como o músculo se atrofia no repouso contínuo, o espírito se definha na contemplação obsessiva de si mesmo.
Você quer ser curado? Comece saindo de si. E para sair de si, olhe para o próximo com sinceridade. Com compaixão. Com ação. Porque é nesse movimento — de dentro para fora — que você encontra, paradoxalmente, o que tanto buscava olhando para dentro: paz, propósito e, sim, cura.
Texto escrito por Pedro Henrique M. Braga
Bem-vindo ao futuro do aprendizado em Medicina!
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🖋️ Edição feita por Luiz Eduardo Marins Freire, fundador do MedProjeto12.
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