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#01 - Novidades Médicas
O Jornal P12 foi criado por estudantes de medicina com um propósito simples: manter você sempre atualizado. Toda semana, trazemos 12 novidades médicas essenciais para quem não quer perder o ritmo da evolução na medicina. Informação rápida, confiável e direto ao ponto.
Bom dia!! Se você está esperando uma grande oportunidade, aqui vai um lembrete: ela pode estar escondida nas pequenas coisas do seu dia. Aproveite o dia para se conectar com os detalhes
NA EDIÇÃO DE HOJE - ESPECIAL MEDICINA
📝 Casos interessantes e novas abordagens terapêuticas
🌍 Atualizações sobre residência, especializações e congressos
🎓 O crescimento das escolas de medicina no Brasil
🔬 Inovação em equipamentos médicos
🤖 Inteligência artificial na medicina preventiva
📊 Impacto econômico na saúde global
Recomendamos que escute:
#01 - IA vai substituir médicos? Um alerta (e uma oportunidade) para estudantes de medicina

Recentemente, Bill Gates afirmou que, dentro de 10 anos, a inteligência artificial será capaz de oferecer serviços médicos e educacionais de altíssima qualidade — e de forma acessível. Para muitos, essa ideia pode parecer exagerada. Para outros, um alerta. Mas para quem está estudando medicina agora, essa é uma reflexão urgente.
A medicina, como conhecemos, está mudando. Hoje já temos algoritmos que interpretam exames de imagem com precisão assustadora, plataformas que fazem triagens com base em sintomas e IA que responde dúvidas clínicas com base em bancos de dados atualizados em tempo real. E tudo isso sem se cansar, sem erros por distração, sem atrasos.
Então, onde entram os médicos nisso tudo?
A medicina não está sendo extinta — está sendo transformada.
A IA não vem para apagar o médico, mas para redefinir o papel dele. A tecnologia pode (e vai) otimizar diagnósticos, indicar condutas e até realizar acompanhamentos automatizados. Mas o que ela não consegue — ao menos por enquanto — é oferecer o que só um ser humano pode dar: empatia, escuta ativa, intuição clínica, tomada de decisão ética em contextos complexos.
E é justamente aí que o estudante de medicina precisa focar.
Enquanto muitos ainda tentam decorar livros inteiros e dominar cada detalhe técnico (que a IA pode consultar em segundos), os profissionais do futuro serão aqueles capazes de usar a tecnologia como aliada e ao mesmo tempo manter o lado humano da medicina mais vivo do que nunca.
O que fazer agora?
Aprenda a aprender com a IA: ferramentas como ChatGPT, sistemas de suporte clínico e plataformas de simulação podem ser grandes aliados na sua formação.
Aprofunde o raciocínio clínico: mais importante que decorar uma conduta é entender por que ela é feita.
Fortaleça habilidades humanas: comunicação, escuta, tomada de decisão em cenários ambíguos — isso ainda é território nosso.
Fique atento às mudanças: o profissional que ignora a tecnologia hoje corre o risco de ser ignorado por ela amanhã.
A IA está chegando rápido, mas ainda há um longo caminho até que ela substitua um médico por completo. E, muito provavelmente, ela nunca substituirá os melhores — apenas os que se recusaram a evoluir com ela.
“A tecnologia não vai substituir médicos. Mas médicos que usam tecnologia vão substituir os que não usam.”
O futuro já começou. E ele pede um novo tipo de médico — talvez mais humano do que nunca.
Notícia escrita por Pedro Henrique M. Braga

#02 - ENARE 2025: Devo participar de ligas acadêmicas?
Se você é estudante de Medicina, além de escutar muito sobre atlética e Intermed, com certeza já se deparou com o famoso universo das ligas acadêmicas. Seja no Instagram dos "mediciners", seja nos corredores da faculdade, as ligas sempre aparecem. Mas afinal, o que são essas ligas e, mais importante: elas realmente contam pontos na residência médica?
O que são ligas acadêmicas?
As ligas acadêmicas são organizações estudantis formadas por alunos de Medicina (e, às vezes, de outros cursos da área da saúde) com o objetivo de aprofundar os estudos em uma determinada especialidade, como Cardiologia, Pediatria, Clínica Médica, entre outras. Elas funcionam como uma ponte entre ensino, pesquisa e extensão, promovendo atividades práticas, eventos, aulas e ações sociais.
As primeiras ligas surgiram no Brasil com o intuito de suprir lacunas curriculares e criar ambientes de aprendizado mais dinâmicos e aplicados. Hoje, estão consolidadas como parte importante da vivência acadêmica de muitos estudantes.
Participar de liga acadêmica pontua no ENARE?
Sim, agora pontua!
Se você está de olho no ENARE 2025, atenção: a participação em ligas acadêmicas voltou a ser pontuada na análise curricular, de acordo com o edital mais recente.
Veja os critérios específicos do ENARE:
Duração mínima: A participação precisa ter durado pelo menos 12 meses, considerando o ano letivo.
Pontuação atribuída: Cada ano de participação em liga acadêmica vale 0,5 ponto.
Pontuação máxima: É possível somar até 1,0 ponto nesse item.
Ou seja, se você participou por dois anos de ligas, já alcança a pontuação máxima permitida no ENARE nesse quesito.
Contudo, é fundamental que a sua participação esteja formalmente documentada, preferencialmente com:
Certificados emitidos pela instituição ou pela coordenação da liga,
Indicação do período de atuação (com datas claras),
Descrição das atividades realizadas.
Essa atualização representa uma mudança importante em relação aos anos anteriores, em que as ligas não eram aceitas como atividades de extensão para pontuação. Agora, elas ganham destaque como um item próprio e independente na análise curricular.
⚠️ Importante: Embora estejam sendo estudadas possíveis mudanças futuras — como a eliminação da análise curricular em edições posteriores —, a edição atual (2024/2025) ainda mantém a pontuação para ligas. Fique de olho em atualizações oficiais da Ebserh.
Mas e nos outros processos seletivos de residência?
Em muitos processos seletivos estaduais, como PSU-GO, SES-DF, SUS-SP e diversas instituições independentes, as ligas acadêmicas também são reconhecidas e pontuadas dentro da categoria de atividades de extensão. Especialmente se houver comprovação da carga horária, descrição das atividades realizadas e, em alguns casos, vínculo institucional.
Ou seja: vale a pena participar, não só pela pontuação da própria participação, mas pelas oportunidades que são construídas dentro da equipe.
Devo ser presidente de liga? Por quanto tempo?
Se você tem perfil de liderança, ser presidente ou ocupar qualquer outro cargo dentro da diretoria da liga pode contar pontos extras nos editais que pontuam ligas — principalmente se o edital considerar funções de coordenação ou gestão como critério de desempate ou pontuação adicional.
Não há um tempo padrão, mas para a maior parte dos editais que pontuam ligas, o importante é comprovar tempo de atuação (geralmente acima de 6 meses) e, claro, documentar tudo com atas, certificados e declarações emitidas pela coordenação da liga e da IES.
Notícia escrita por Luiz.E.Freire
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#03 - Nova abordagem com edição genética tem potencial para controle de vetores de infecções
Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego e da USP desenvolveram um sistema inovador de edição genética baseado em CRISPR para reverter a resistência a inseticidas em moscas-da-fruta. Utilizando a tecnologia gene-drive, o método favorece a propagação de um gene desejado, acelerando sua disseminação na população-alvo. Diferente de estudos anteriores, as mutações introduzidas são transitórias, minimizando o impacto ecológico. A pesquisa tem aplicações no controle de vetores de doenças como dengue e malária.
Notícia escrita por Lumma.D

#04 - País livre de Sarampo apresenta 3 casos confirmados
O Ministério da Saúde intensificou a vigilância e a vacinação contra o sarampo após três casos confirmados no Brasil, dois no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal. Em São João de Meriti (RJ), equipes realizaram bloqueio vacinal e varredura para conter a transmissão. O caso em Brasília foi importado, exigindo isolamento e monitoramento. Apesar dos casos, o Brasil mantém a certificação de país livre do sarampo. A rápida resposta das autoridades de saúde é essencial para evitar surtos.
Notícia escrita por Lumma.D

#05 - Você sabe quem foi Val Kilmer? Como sua morte impacta a Medicina?
Ator de Hollywood, destaque em "Top Gun", "The Doors" e "Batman", faleceu aos 65 anos nesta terça-feira (1º) nos Estados Unidos. O ator vinha sofrendo com um câncer de garganta nos últimos anos e faleceu devido a uma pneumonia. Em "Top Gun: Maverick", o ator fez uma participação emocionante interpretando seu icônico personagem Iceman. Já estava em estado de extrema debilitação e sem voz, como foi retratado na própria obra.
Esse tipo de câncer, conhecido como carcinoma de células escamosas da laringe, é frequentemente associado ao tabagismo e ao consumo excessivo de álcool. A doença pode provocar alterações na voz, dificuldade para engolir (disfagia) e, em estágios avançados, comprometimento respiratório. No caso do ator, as complicações respiratórias causadas pela pneumonia foram agravadas pela fragilidade decorrente do câncer.
O câncer de garganta pode atingir diferentes partes do trato respiratório superior, incluindo a laringe, a faringe e a cavidade oral. O tratamento depende do estágio da doença e pode incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Nos casos mais graves, a doença pode afetar a capacidade de falar e até mesmo de respirar normalmente, levando à necessidade de procedimentos como traqueostomia.
O impacto da doença na carreira e na vida pessoal do ator foi significativo, mas sua determinação e a vontade de continuar atuando emocionaram fãs e colegas da indústria cinematográfica. Mesmo debilitado, ele deixou um legado de talento e dedicação, sendo lembrado especialmente por seus papéis icônicos e pela capacidade de superar adversidades pessoais com coragem.
Notícia escrita por Luiz.E.Freire

#06 - Até que ponto os poderes do demolidor se assemelham com a vida real?
A Disney Plus lançou recentemente uma nova temporada da aclamada série Demolidor. O famoso herói é cego, mas seus outros sentidos são extremamente aguçados. O vigilante de Hell's Kitchen, assim chamado na obra, realiza manobras acrobáticas, escuta batimentos cardíacos e sente vibrações de trens através do tato. Mas, segundo a ciência, até que ponto essas habilidades se assemelham à realidade?
Pesquisas indicam que indivíduos cegos podem desenvolver uma maior sensibilidade em outros sentidos devido à neuroplasticidade — a capacidade do cérebro de reorganizar-se em resposta a mudanças sensoriais. Estudos da Universidade de Harvard mostram que a ausência de visão pode levar a uma reorganização do córtex cerebral, resultando em habilidades compensatórias aprimoradas, como sentidos de audição, olfato e tato mais apurados.
Além disso, pesquisas revelam que pessoas cegas desde o nascimento ou que perderam a visão precocemente podem ter uma representação mais precisa das frequências sonoras no córtex auditivo, o que lhes permite discriminar sons com maior precisão.
No entanto, é importante destacar que, embora essas adaptações possam melhorar a percepção sensorial, elas não conferem habilidades sobre-humanas. A representação de personagens como o Demolidor exagera essas capacidades para fins dramáticos. Na realidade, as melhorias nos sentidos em pessoas cegas são significativas, mas não alcançam o nível de superpoderes.
Notícia escrita por Luiz.E.Freire
#07 - Quem é David Goggins? O estilo de vida acordar cedo, banho gelado, correr todos os dias é o estilo de vida saudável?
David Goggins, um dos homens mais resilientes e motivadores da atualidade. Conhecido por sua disciplina inabalável e um estilo de vida extremo, Goggins nos ensina sobre superação, limites e determinação. Mas será que o estilo de vida "acordar cedo, banho gelado e correr todos os dias" é realmente sinônimo de saúde?
David Goggins, ex-Navy SEAL, ultramaratonista e autor best-seller, inspira milhares de pessoas com sua rotina rígida e mentalidade de aço. Seu lema é simples: vencer a dor para alcançar o máximo do potencial humano. Mas será que viver nesse ritmo extremo realmente representa um estilo de vida saudável?
Muitos adotam rotinas similares na busca pela produtividade máxima, mas há um lado negativo que merece nossa atenção. O excesso de produtividade pode resultar em esgotamento físico e mental, levando a lesões, transtornos de ansiedade e até mesmo a um desequilíbrio entre vida pessoal e profissional. Equilibrar disciplina e autocuidado é fundamental para garantir que a busca pelo melhor de si mesmo não se torne uma armadilha para a saúde.
Vamos aprofundar nesse tema e refletir sobre os limites entre disciplina e obsessão. Afinal, é possível manter uma rotina intensa e produtiva sem sacrificar o bem-estar?
Notícia escrita por Luiz.E.Freire

#08 - SUS dará 'remédio de R$ 7 milhões', mas só vai pagar laboratório se a terapia funcionar em paciente
A partir de 24 de março de 2025, o SUS passa a oferecer o Zolgensma, terapia gênica para Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1, em 18 estados. A AME é uma doença rara que compromete os neurônios motores, afetando movimentos, respiração e deglutição. O medicamento custa cerca de R$ 7 milhões na rede privada e será disponibilizado sob um Acordo de Compartilhamento de Risco, com monitoramento dos pacientes por cinco anos. A terapia, indicada para crianças de até 6 meses sem ventilação invasiva prolongada, pode melhorar funções motoras e prolongar a sobrevida. O Brasil é um dos seis países a ofertar essa tecnologia no sistema público.
Disponível em:
Notícia escrita por Lumma.D
REFLEXÃO DO DIA
#09 - O Prazer de Dizer Não: A Virtude do Autocontrole na Jornada Médica
"Sempre que tiveres a impressão de prazer, ou qualquer outra, não te deixes levar por ela; permite que ela espere, espere tua ação, para por um instante. Depois disso, evoca ambos os momentos: primeiro, aquele em que desfrutaste o prazer e, depois, aquele em que o lamentarás e detestarás a ti mesmo. Em seguida, compara com eles a alegria e a satisfação que sentirás por se abster por completo. No entanto, se surgir um momento aparentemente apropriado para agir sobre tal impressão, não te deixes vencer por sua comodidade e graciosidade — mas age contra tudo isso, pois é melhor a consciência de superá-la."
—Epicteto, Encheiridion, 34

No Encheiridion, Epicteto nos convida a um exercício de consciência diante do prazer. Ele nos diz: antes de ceder ao impulso, pause. Observe o prazer pelo que ele é, mas também antecipe o arrependimento que pode vir depois. E mais — compare tudo isso com a alegria silenciosa de quem optou por se abster.
Esse ensinamento milenar parece ter sido escrito para os estudantes de hoje. Especialmente para os de medicina, que vivem uma rotina de renúncias, cobranças e escolhas diárias entre o que é fácil agora e o que é valioso no futuro.
É fácil entender a tentação: a série nova que acabou de sair, o celular que vibra com mensagens, a cama que chama depois de um dia cansativo. Tudo isso oferece recompensas imediatas, mas passageiras. E ao mesmo tempo, o conteúdo da aula, a revisão pendente, o flashcard adiado, o bloco de questões atrasadas… tudo parece custar mais esforço do que prazer.
Mas é nesse momento que a filosofia de Epicteto se torna um guia: resistir ao impulso não é se punir, é se preservar. É proteger o seu eu futuro — aquele que colherá o fruto de sua disciplina.
“Quando você compreende que ceder pode ser pior do que resistir, o impulso começa a perder seu apelo. Dessa maneira, o autocontrole se torna o real prazer e a tentação se torna o remorso.”
Essa inversão de valores — em que o prazer não está mais no ceder, mas no resistir — é uma chave para a vida acadêmica. O estudante que aprende a dizer "não" ao prazer imediato, não está se privando da felicidade. Está apenas adiando uma pequena alegria em troca de uma conquista muito maior.
Na medicina, isso se reflete em cada escolha. Estudar em vez de jogar vídeo game, revisar em vez de assistir algo, dormir cedo em vez de estender a noite. Parece pesado, mas, no fundo, é libertador. Porque a satisfação de olhar para trás e ver o quanto você se superou vale mais do que qualquer prazer momentâneo.
Epicteto não nos pede perfeição. Ele nos propõe consciência. Pensar antes de agir, observar antes de ceder. Reconhecer que toda escolha carrega um preço — e que o preço da disciplina é sempre menor do que o da frustração.
Então, da próxima vez que o prazer imediato bater à sua porta, pare por um instante. Imagine o que você sentirá depois, quando o tempo tiver passado. Lembre-se da alegria de quem permaneceu firme. E perceba: o verdadeiro prazer está em vencer a si mesmo.
Sugestão de leitura: Manual de Epicteto: A arte de viver melhor
Texto escrito por Pedro Henrique M. Braga
#10 - Farmacêuticos Podem Prescrever Medicamentos? Entenda a Polêmica e o Futuro da Profissão!
Recentemente, o papel dos farmacêuticos na prescrição de medicamentos tem sido objeto de intensos debates e mudanças regulatórias no Brasil. Em fevereiro de 2025, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) aprovou a Resolução nº 5/2025, que ampliava as atribuições dos farmacêuticos, permitindo-lhes prescrever medicamentos tarjados, além dos de venda livre, desde que seguissem protocolos clínicos estabelecidos.
Entretanto, essa medida encontrou resistência por parte do Conselho Federal de Medicina (CFM), que argumentou que a prescrição de medicamentos é uma atribuição exclusiva dos médicos, conforme definido pela Lei do Ato Médico (Lei nº 12.842/2013). O CFM entrou com uma ação judicial, e, em 31 de março de 2025, a Justiça Federal do Distrito Federal suspendeu a resolução do CFF, proibindo os farmacêuticos de prescreverem medicamentos, incluindo os de venda sob prescrição. Leia mais:
O CFF defende que a prescrição farmacêutica é respaldada pela Lei Federal nº 13.021/2014, que atribui ao farmacêutico a responsabilidade de estabelecer o perfil farmacoterapêutico dos pacientes e acompanhar a terapia medicamentosa. Além disso, o Ministério da Educação, por meio da Resolução CES/CNE nº 6/2017, estabelece que os cursos de Farmácia devem formar profissionais aptos a prescrever terapias farmacológicas.
Diante desse cenário, o CFF anunciou que recorrerá da decisão judicial, reafirmando a importância da prescrição farmacêutica dentro dos limites de sua competência e em benefício da saúde pública.
Enquanto a questão segue em disputa nos tribunais, é essencial que os profissionais da área acompanhem as atualizações regulatórias e estejam atentos às orientações dos conselhos profissionais para garantir a prática segura e eficaz da assistência farmacêutica.
Texto escrito por Luiz.E.Freire
#11 - Medicamentos não são produtos de consumo: o caso da “gominha” de tadalafila de influencer

A recente viralização de uma “gominha” com tadalafila, promovida por um influenciador digital com milhões de seguidores, reacendeu o debate sobre a banalização do uso de medicamentos no ambiente digital. Apresentada como uma solução prática e descontraída para disfunção erétil, a substância foi divulgada sem qualquer ênfase nos riscos associados à automedicação ou nas indicações clínicas adequadas.
O Conselho Federal de Farmácia emitiu um alerta, destacando os perigos do uso indiscriminado da tadalafila, que pode causar efeitos adversos graves, principalmente em pacientes com doenças cardiovasculares ou em uso de outros fármacos vasodilatadores. Ainda assim, o apelo publicitário transformou um medicamento sujeito a prescrição médica em um produto quase recreativo.
Esse episódio traz implicações importantes para a formação médica. Em um cenário onde o marketing digital tem mais alcance que campanhas de saúde pública, cresce a responsabilidade dos profissionais em formação de compreender — e atuar contra — a normalização do uso medicamentoso sem critério técnico.
É necessário reforçar que todo medicamento carrega riscos e que seu uso deve ser individualizado, baseado em evidências clínicas, e acompanhado por profissionais qualificados. A abordagem sintética, simplificada e comercializada da saúde não apenas compromete a segurança do paciente, como também deturpa a relação entre ciência, medicina e bem-estar.
O caso da “gominha” não é isolado — é sintoma de uma cultura que transforma intervenções farmacológicas em produtos de consumo. Reconhecer isso é parte fundamental da formação de quem pretende atuar com responsabilidade na prática médica.
Notícia escrita por Pedro Henrique M. Braga

#012 - Atualizações de Congressos:
Nós, do Projeto 12, tivemos a honra de participar do último Congresso de Ortopedia e Traumatologia de Goiânia, realizado entre os dias 3 e 5 de abril.
O evento reuniu diversos profissionais renomados na área, proporcionando um ambiente de aprendizado e troca de conhecimentos. Entre os temas abordados, destacaram-se discussões sobre medicamentos inovadores para o tratamento da dor, o papel do sistema endocanabinoide na prática clínica, a utilização da acupuntura como terapia complementar e as mais recentes abordagens da ortopedia e traumatologia do Brasil.
A participação no congresso foi uma excelente oportunidade para atualizarmos nossos conhecimentos e fortalecer nossa atuação na área de ortopedia e traumatologia, contribuindo diretamente para a qualificação profissional dos membros do Projeto 12.
Estamos entusiasmados para aplicar o que aprendemos e continuar promovendo avanços no cuidado ortopédico.
XII Congresso Brasileiro da SOBLEC - Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria
04/04/2025 a 05/04/2025
São Paulo/SP
2º Congresso Goiano de Urgência e Emergência
22/08/2025 a 24/08/2025
Caldas Novas/GO
18° Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica
10/04/2025 a 12/04/2025
Porto Alegre/RS

Esta edição especial sobre medicina reflete o momento de transformação que vivemos na área da saúde. As inovações apresentadas mostram como a tecnologia está mudando a forma como tratamos e prevenimos doenças.
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